segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

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Os Ciclos na Rede Municipal de Porto Alegre.

Introdução

O texto abaixo é uma síntese do artigo Ciclos de Formação: O que significam? De Andréa Krug, que se trata de uma pesquisa que visa evidenciar os benefícios da implantação dos ciclos na rede municipal de Porto Alegre.
Características Gerais da Proposta
• Agrupamento dos estudantes respeitando suas fases de desenvolvimento;

6 – 8 anos (Infância)
9 -11 anos (Pré-adolescência)
12 – 14 anos (Adolescência)

• Pesquisa integrando o trabalho docente de modo que a pratica do ensino gire em torno de um tema central discutido se concretizando na escola através da avaliação por Complexo Temático, onde o tema central e seus desdobramentos são discutidos pelos alunos e a comunidade havendo uma divisão do conteúdo que respeite as fases de formação, bem como haja a existência de estreita relação do conhecimento entre sujeito, meio e cultura.
Séries e Ciclos: No que diferem?
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Ciclos de Formação.

“As justificativas para a implantação dos ciclos eram semelhantes: O processo ensino-apredizagem deveria ser contínuo e sem retrocessos e desenvolver-se por meio de metodologia que contemplasse esses principios, sendo assim, a avaliação deveria ser também um processo contínuo.”
Claudia Fernandes. Escolaridade em ciclos. Pág. 27 (quinto parágrafo)
A autora pondera sobre a importância da avaliação formativa como um processo de aprendizagem, pois esta prática é visivelmente mais eficaz pois possibilita a intervenção nas dificuldades cognitivas dos alunos.
“No entanto, há uma vertente que entende o fracasso escolar como uma forma de resistência, como uma maneira de os estudantes pertencentes aos grupos marginalizados afirmarem sua diferença e sua identidade.”
Claudia Fernandes. Escolaridade em ciclos. Pág. 31
Descordo com esta vertente, pois o fracasso escolar é fruto de problemáticas como o descompromisso com a educação por parte do governo e da escola, da desigualdade social, de falta de informação da família dos educandos e etc.
“Os ciclos permitem que todos os estudantes possam atingir os mesmos objetivos, mas com percursos diferenciados ao longo do tempo no ciclo. Quanto mais longo for esse tempo no ciclo, maior será a possibilidade de se trabalhar com percursos diferenciados... Esse ponto é importante, uma vez que é preciso encontrar uma forma de individualizar os percursos dos estudantes sem renunciar e fazer com que resultem nas mesmas aquisições e no mesmo numero de anos. Oque é individualizado são os percursos de formação e não o ensino.”
Claudia Fernandes. Escolaridade em ciclos. Pág. 43
A vantagem dos ciclos é que encara-se o aluno e seu aprendizado respeitando suas particularidades, e assim é possível desenvolver um processo de ensino gradativo e de sucesso.
“Entendemos então que conhecer melhor a organização da escolaridade tal qual a conhecemos, ou seja, compreender como se deu a formação/organização da escola atual, é importante para observarmos as possíveis alterações provocadas pela implementação dos ciclos.”
Claudia Fernandes. Escolaridade em ciclos. Pág. 49
Trata-se de identificar os erros do sistema atual com o objetivo de minimizá-los e criar alunos críticos.
“Retomando o debate acerca do fracasso escolar, esse se identifica quando a maior parte da população passa a ter acesso a escolarização e a partir do momento em que o direito à escolarização e a partir do momento em que o direito à educação básica se universaliza. No entanto, apesar desses avanços, a escola ainda mantém a mesma “ossatura rígida e excludente de um século. Continua [com] aquela estrutura piramidal, preocupada apenas com o domínio seriado e disciplinar de um conjunto de habilidades e saberes” (ARROYO, 2000, p.13), sem se organizar a partir de uma nova logica de tempo, espaço e conhecimento cujo contexto atual se estrutura.”
Claudia Fernandes. Escolaridade em ciclos. Pág. 63
O sistema seriado resiste às mudanças e não se propõe a respeitar o tempo de seus alunos, a dar-lhes espaço para se expessarem seus conhecimentos, para que estes se expandam.

sábado, 19 de dezembro de 2009

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Ciclos de Formação: uma nova escola é necessária e possível de José Clovis Azevedo

O autor introduz seu artigo dizendo que sua idéia é
“Expor em debate a possibilidade real de superação da escola tradicional de acordo com outras concepções de organização da escola, de currículo, de organização do ensino e de avaliação”. [grifo certo]
(José Clovis de Azevedo, 2007).

A defesa da escola excludente: reação a uma escola emancipadora.

O sistema tradicional de ensino (seriado) tem uma concepção errônea de ciclos, neste momento nos basta afirmar que ciclo não é aprovação automática porque sua proposta não compactua com a atitude de aprovar aluno com rendimento insuficiente, bem como não é progressão continuada porque no ciclo avalia-se e intervem-se nas dificuldades do aluno além de considerar as particularidades de cada aluno ao contrário da progressão continuada.
No quesito avaliação ainda é importante apontar que “não se admitem as provas e os exames periódicos como momentos decisivos e definitivos de avaliação”. Porque isso configura uma avaliação domesticadora e segregadora. Assim, pode-se entender que o sistema tradicional pretende formar cidadãos-produto, isto é, que crêem e difundem os Pseudo-beneficios de uma lógica comercial e por isso destoa de princípios educacionais idôneos.
Os ciclos de desenvolvimento parecem resgatar os valores da escola, quando se propõem conceber a avaliação como um processo formativo: contínuo e profundo, o que possibilita uma importante evolução, no entanto, deve-se ponderar que algumas experiências de ciclos já implantadas estiveram em descompasso com a proposta teórica aqui defendida, e somente serviram, repete-se, para criar uma visão equivocada dos ciclos.
A experiência bem sucedida de Porto Alegre é fortemente marcada pelo teórico do ensino como processo social, Vigostsky, mas, não deixa de receber contribuições de outros autores. Essa experiência constitui o seu ensino “organizado em três ciclos de três anos cada, dos seis aos 14 anos... O três ciclos correspondem a infância, pré-adolescência e adolescência, e este agrupamento das crianças e dos adolescentes na escola fundamenta-se na relação desenvolvimento e aprendizagem”.
Desse modo a construção do conhecimento deve acontecer de maneira a adequar-se as características citadas, por isso foi escolhido o método do Complexo Temático que é uma proposta que busca por instigar a interação entre individuo e realidade-contextual com o objetivo de reconhecer que um não está desligado do outro formando uma estreita relação entre si.

Considerações Finais

Entendo que o autor pretendeu com este texto reestruturar princípios antigos para criar uma prática de ensino não padronizadora, não fragmentada. Mas sim dinâmica e democrática.

Referencia Bibliográfica
KRUB, Andréa Rosana Fetzner. (org.). Ciclos em Revista: a construção de uma outra possível. Vol. 1. Rio de Janeiro: WAK Editora, 2007.

Breves Considerações sobre o artigo "Ciclos de Formação:uma nova escola é necessária e possivel"

O autor introduz seu artigo dizendo que sua idéia é
“Expor em debate a possibilidade real de superação da escola tradicional de acordo com outras concepções de organização da escola, de currículo, de organização do ensino e de avaliação”. [grifo certo]
(José Clovis de Azevedo, 2007).

A defesa da escola excludente: reação a uma escola emancipadora.

O sistema tradicional de ensino (seriado) tem uma concepção errônea de ciclos, neste momento nos basta afirmar que ciclo não é aprovação automática porque sua proposta não compactua com a atitude de aprovar aluno com rendimento insuficiente, bem como não é progressão continuada porque no ciclo avalia-se e intervem-se nas dificuldades do aluno além de considerar as particularidades de cada aluno ao contrário da progressão continuada.
No quesito avaliação ainda é importante apontar que “não se admitem as provas e os exames periódicos como momentos decisivos e definitivos de avaliação”. Porque isso configura uma avaliação domesticadora e segregadora. Assim, pode-se entender que o sistema tradicional pretende formar cidadãos-produto, isto é, que crêem e difundem os Pseudo-beneficios de uma lógica comercial e por isso destoa de princípios educacionais idôneos.
Os ciclos de desenvolvimento parecem resgatar os valores da escola, quando se propõem conceber a avaliação como um processo formativo: contínuo e profundo, o que possibilita uma importante evolução, no entanto, deve-se ponderar que algumas experiências de ciclos já implantadas estiveram em descompasso com a proposta teórica aqui defendida, e somente serviram, repete-se, para criar uma visão equivocada dos ciclos.
A experiência bem sucedida de Porto Alegre é fortemente marcada pelo teórico do ensino como processo social, Vigostsky, mas, não deixa de receber contribuições de outros autores. Essa experiência constitui o seu ensino “organizado em três ciclos de três anos cada, dos seis aos 14 anos... O três ciclos correspondem a infância, pré-adolescência e adolescência, e este agrupamento das crianças e dos adolescentes na escola fundamenta-se na relação desenvolvimento e aprendizagem”.
Desse modo a construção do conhecimento deve acontecer de maneira a adequar-se as características citadas, por isso foi escolhido o método do Complexo Temático que é uma proposta que busca por instigar a interação entre individuo e realidade-contextual com o objetivo de reconhecer que um não está desligado do outro formando uma estreita relação entre si.

Considerações Finais

Entendo que o autor pretendeu com este texto reestruturar princípios antigos para criar uma prática de ensino não padronizadora, não fragmentada. Mas sim dinâmica e democrática.

Referencia Bibliográfica
KRUB, Andréa Rosana Fetzner. (org.). Ciclos em Revista: a construção de uma outra possível. Vol. 1. Rio de Janeiro: WAK Editora, 2007.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

propósitos especificos deste blog

1. Aprender a criar um portifólio eletrônico

2. Conhecer a proposta da escola em ciclos a fim de refletir criticamente sobre a proposta de série.

domingo, 22 de novembro de 2009

Para Refletir!!

"Tenha em mente que tudo que você aprende na escola é trabalho de muitas gerações. Receba essa herança, honre-a, acrescente a ela e, um dia, fielmente, deposite-a nas mãos de seus filhos. "
(Albert Einstein)

"Reformemos as nossas escolas, e não teremos que reformar grande coisa nas nossas prisões."
(John Ruskin)

"As escolas, fazendo que os homens se tornem verdadeiramente humanos, são sem dúvida as oficinas da humanidade."
(Comenius)

Rápido Panorama do Texto: Escolaridade em Ciclos de Claudia Fernandes


Em minha opinião, no primeiro capitulo “CICLOS: UMA HISTORIA CONSTRUIDA” Claudia Fernandes aborda o tema “escola em ciclos” abrangendo algumas de suas implicações no contexto da escola.

Fala da implantação do ciclo como forma de solucionar o problema do fracasso escolar perpassando pelas vertentes que poderiam ocasioná-lo, que seriam: debilidade nos métodos de avaliação, altos níveis de reprovação, evasão escolar. (A autora entende que o sistema de ciclos não é a solução, mas é ferramenta importante).

Ela faz críticas aos que priorizam as práticas avaliativas ao invés de pensar na reformulação do currículo, por exemplo, que seria uma política mais eficaz e ampla, além de, discordar que os principais “culpados ”do fracasso escolar são os alunos e suas famílias, oriundos de classes populares.

Na verdade não são os alunos, o sistema de série ou qualquer outro motivo os culpados do fracasso; agora já se identificou o problema o próximo passo seria equacioná-lo tratando gente como gente, sempre buscando estreitar os laços de comprometimento do corpo escolar com a sociedade fazendo com que este venha a cumprir seu papel social.

Neste segundo capitulo: OS CICLOS E A PEDAGOGIA DOS ANOS 80 E 90 observei que a proposta da escola ciclada esta diretamente ligada a linha construtivista do pensamento da educação porque é nesta que os autores encontram respaldo cientifico.

Percebesse também que a proposta de ciclos que se implantou nas escoas brasileiras atualmente pouco se diferencia do modelo seriado, pois adotam principalmente a mesma lógica avaliativa.

Na proposta construtivista o tempo de aprendizado de cada aluno é respeitado, mas para que esta de certo é necessária a cooperação de todos através da boa relação de trabalho, comprometimento com a educação, flexibilidade da mediação professor/aluno e do próprio currículo. Deve haver também menor rotatividade de professores.

Acredito que este terceiro capítulo: A ORGANIZAÇÃO DA ESCOLARIDADE;SÉRIES E CICLOS trate inicialmente do conceito de habtus segundo BOURDIEUR, além disso, a autora cita outros autores que conceituaram a escola seriada. O que se pode concluir é que escola seriada mudou muitas vezes de “nome” mas nunca de lógica,pelo fato de se existir a necessidade de atender-se a demanda do capitalismo.

O espaço escolar se transforma num produtor puro e simples de saberes específicos,o que o deforma; A organização escolar ciclada visa romper com esta lógica muito embora ainda enfrente o problema do fracasso escolar que a muito assombra este espaço por conta, também, da exclusão social visto que este é um problema presente na sociedade global desde a Antiguidade.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Propósito Geral Deste Portifólio

Utilizar linguagens diversas como forma de expressão das reflexões,
das aprendizagens.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

1° TRABALHO


Texto base: GUIMARARÂES, Artur&BIBIANO,Bianca.Revista Nova Escola, Rio de Janeiro: Editora Abril,setembro/2009.p.56-64.

A Reportagem “Prepare-se!Um Novo Aluno está chegando da Revista Nova Escola tem por objetivo esclarecer dúvidas sobre o ensino fundamental de nove anos mostrando seus prós e contras e fala principalmente das modificações que devem ocorrer na infra-estrutura da escola além de questionar: Será que o professor está preparado para receber alunos com seis anos de idade na sala de aula e mais, será que o currículo atual é o ideal ?
Como forma ilustrativa os autores descrevem a experiência bem-sucedida da prefeitura de Rio Branco no Acre. Posteriormente revelam dados de uma pesquisa feita pela própria revista. A partir da analise da experiência citada e dos dados da pesquisa os autores sugerem um guia de como ensinar sem desprezar a infância deste novo público.


SAIBA MAIS NO SITE: www.ne.org.br


Conclusões do Debate em sala: 22 de setembro de 2009

Tudo começa a partir da seguinte indagação feita por uma de minhas colegas de turma:

Como o professor vai lidar com a união de uma criança que nunca freqüentou a escola e outra que já freqüentou e por isso possui domínios e competências que a outra não possui?
Resposta acrescida de outras conclusões: A proposta do ensino fundamental de nove anos é justamente promover a equidade de conhecimento destas crianças solucionando este problema, além de servir para melhorar os resultados futuros já que as crianças entrarão na escola mais cedo.
No entanto não se deve perder de vista que deve haver melhorias na infra-estrutura da escola; no currículo, se necessário até mesmo à elaboração de outro, lembrando sempre de reservar pelo menos trinta minutos para a diversão e brincadeiras afinal estas também promovem o aprendizado, respeitando a infância do alunado.