Em minha opinião, no primeiro capitulo “CICLOS: UMA HISTORIA CONSTRUIDA” Claudia Fernandes aborda o tema “escola em ciclos” abrangendo algumas de suas implicações no contexto da escola.
Fala da implantação do ciclo como forma de solucionar o problema do fracasso escolar perpassando pelas vertentes que poderiam ocasioná-lo, que seriam: debilidade nos métodos de avaliação, altos níveis de reprovação, evasão escolar. (A autora entende que o sistema de ciclos não é a solução, mas é ferramenta importante).
Ela faz críticas aos que priorizam as práticas avaliativas ao invés de pensar na reformulação do currículo, por exemplo, que seria uma política mais eficaz e ampla, além de, discordar que os principais “culpados ”do fracasso escolar são os alunos e suas famílias, oriundos de classes populares.
Na verdade não são os alunos, o sistema de série ou qualquer outro motivo os culpados do fracasso; agora já se identificou o problema o próximo passo seria equacioná-lo tratando gente como gente, sempre buscando estreitar os laços de comprometimento do corpo escolar com a sociedade fazendo com que este venha a cumprir seu papel social.
Neste segundo capitulo: OS CICLOS E A PEDAGOGIA DOS ANOS 80 E 90 observei que a proposta da escola ciclada esta diretamente ligada a linha construtivista do pensamento da educação porque é nesta que os autores encontram respaldo cientifico.
Percebesse também que a proposta de ciclos que se implantou nas escoas brasileiras atualmente pouco se diferencia do modelo seriado, pois adotam principalmente a mesma lógica avaliativa.
Na proposta construtivista o tempo de aprendizado de cada aluno é respeitado, mas para que esta de certo é necessária a cooperação de todos através da boa relação de trabalho, comprometimento com a educação, flexibilidade da mediação professor/aluno e do próprio currículo. Deve haver também menor rotatividade de professores.
Acredito que este terceiro capítulo: A ORGANIZAÇÃO DA ESCOLARIDADE;SÉRIES E CICLOS trate inicialmente do conceito de habtus segundo BOURDIEUR, além disso, a autora cita outros autores que conceituaram a escola seriada. O que se pode concluir é que escola seriada mudou muitas vezes de “nome” mas nunca de lógica,pelo fato de se existir a necessidade de atender-se a demanda do capitalismo.
O espaço escolar se transforma num produtor puro e simples de saberes específicos,o que o deforma; A organização escolar ciclada visa romper com esta lógica muito embora ainda enfrente o problema do fracasso escolar que a muito assombra este espaço por conta, também, da exclusão social visto que este é um problema presente na sociedade global desde a Antiguidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário