sábado, 19 de dezembro de 2009

Ciclos de Formação: uma nova escola é necessária e possível de José Clovis Azevedo

O autor introduz seu artigo dizendo que sua idéia é
“Expor em debate a possibilidade real de superação da escola tradicional de acordo com outras concepções de organização da escola, de currículo, de organização do ensino e de avaliação”. [grifo certo]
(José Clovis de Azevedo, 2007).

A defesa da escola excludente: reação a uma escola emancipadora.

O sistema tradicional de ensino (seriado) tem uma concepção errônea de ciclos, neste momento nos basta afirmar que ciclo não é aprovação automática porque sua proposta não compactua com a atitude de aprovar aluno com rendimento insuficiente, bem como não é progressão continuada porque no ciclo avalia-se e intervem-se nas dificuldades do aluno além de considerar as particularidades de cada aluno ao contrário da progressão continuada.
No quesito avaliação ainda é importante apontar que “não se admitem as provas e os exames periódicos como momentos decisivos e definitivos de avaliação”. Porque isso configura uma avaliação domesticadora e segregadora. Assim, pode-se entender que o sistema tradicional pretende formar cidadãos-produto, isto é, que crêem e difundem os Pseudo-beneficios de uma lógica comercial e por isso destoa de princípios educacionais idôneos.
Os ciclos de desenvolvimento parecem resgatar os valores da escola, quando se propõem conceber a avaliação como um processo formativo: contínuo e profundo, o que possibilita uma importante evolução, no entanto, deve-se ponderar que algumas experiências de ciclos já implantadas estiveram em descompasso com a proposta teórica aqui defendida, e somente serviram, repete-se, para criar uma visão equivocada dos ciclos.
A experiência bem sucedida de Porto Alegre é fortemente marcada pelo teórico do ensino como processo social, Vigostsky, mas, não deixa de receber contribuições de outros autores. Essa experiência constitui o seu ensino “organizado em três ciclos de três anos cada, dos seis aos 14 anos... O três ciclos correspondem a infância, pré-adolescência e adolescência, e este agrupamento das crianças e dos adolescentes na escola fundamenta-se na relação desenvolvimento e aprendizagem”.
Desse modo a construção do conhecimento deve acontecer de maneira a adequar-se as características citadas, por isso foi escolhido o método do Complexo Temático que é uma proposta que busca por instigar a interação entre individuo e realidade-contextual com o objetivo de reconhecer que um não está desligado do outro formando uma estreita relação entre si.

Considerações Finais

Entendo que o autor pretendeu com este texto reestruturar princípios antigos para criar uma prática de ensino não padronizadora, não fragmentada. Mas sim dinâmica e democrática.

Referencia Bibliográfica
KRUB, Andréa Rosana Fetzner. (org.). Ciclos em Revista: a construção de uma outra possível. Vol. 1. Rio de Janeiro: WAK Editora, 2007.

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