“As justificativas para a implantação dos ciclos eram semelhantes: O processo ensino-apredizagem deveria ser contínuo e sem retrocessos e desenvolver-se por meio de metodologia que contemplasse esses principios, sendo assim, a avaliação deveria ser também um processo contínuo.”
Claudia Fernandes. Escolaridade em ciclos. Pág. 27 (quinto parágrafo)
A autora pondera sobre a importância da avaliação formativa como um processo de aprendizagem, pois esta prática é visivelmente mais eficaz pois possibilita a intervenção nas dificuldades cognitivas dos alunos.
“No entanto, há uma vertente que entende o fracasso escolar como uma forma de resistência, como uma maneira de os estudantes pertencentes aos grupos marginalizados afirmarem sua diferença e sua identidade.”
Claudia Fernandes. Escolaridade em ciclos. Pág. 31
Descordo com esta vertente, pois o fracasso escolar é fruto de problemáticas como o descompromisso com a educação por parte do governo e da escola, da desigualdade social, de falta de informação da família dos educandos e etc.
“Os ciclos permitem que todos os estudantes possam atingir os mesmos objetivos, mas com percursos diferenciados ao longo do tempo no ciclo. Quanto mais longo for esse tempo no ciclo, maior será a possibilidade de se trabalhar com percursos diferenciados... Esse ponto é importante, uma vez que é preciso encontrar uma forma de individualizar os percursos dos estudantes sem renunciar e fazer com que resultem nas mesmas aquisições e no mesmo numero de anos. Oque é individualizado são os percursos de formação e não o ensino.”
Claudia Fernandes. Escolaridade em ciclos. Pág. 43
A vantagem dos ciclos é que encara-se o aluno e seu aprendizado respeitando suas particularidades, e assim é possível desenvolver um processo de ensino gradativo e de sucesso.
“Entendemos então que conhecer melhor a organização da escolaridade tal qual a conhecemos, ou seja, compreender como se deu a formação/organização da escola atual, é importante para observarmos as possíveis alterações provocadas pela implementação dos ciclos.”
Claudia Fernandes. Escolaridade em ciclos. Pág. 49
Trata-se de identificar os erros do sistema atual com o objetivo de minimizá-los e criar alunos críticos.
“Retomando o debate acerca do fracasso escolar, esse se identifica quando a maior parte da população passa a ter acesso a escolarização e a partir do momento em que o direito à escolarização e a partir do momento em que o direito à educação básica se universaliza. No entanto, apesar desses avanços, a escola ainda mantém a mesma “ossatura rígida e excludente de um século. Continua [com] aquela estrutura piramidal, preocupada apenas com o domínio seriado e disciplinar de um conjunto de habilidades e saberes” (ARROYO, 2000, p.13), sem se organizar a partir de uma nova logica de tempo, espaço e conhecimento cujo contexto atual se estrutura.”
Claudia Fernandes. Escolaridade em ciclos. Pág. 63
O sistema seriado resiste às mudanças e não se propõe a respeitar o tempo de seus alunos, a dar-lhes espaço para se expessarem seus conhecimentos, para que estes se expandam.
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